03 - SEGUIDORAS DE LOMBROSO NO SÉCULO XXI

Não pude me furtar de trazer aqui o que encontrei publicado  em um periódico denominado “NOSSO BAIRRO” Edição Especial – Pituba | Nº 26, e que, segundo soube, foi, também, objeto de notícia na Folha de São Paulo.

COMENTÁRIO
No mundo atual, onde a criminalidade se alastra em um  crescendo assustador, uma descoberta, como a que se noticia, dita científica, não pode deixar de ser preocupante. O que poderá acontecer, num futuro próximo, se tal descoberta ganhar  créditos e for adotada pelo mundo científico?
A notícia assevera a existência da possibilidade de constatação da tal deformidade cerebral em crianças a partir dos três anos de idade e defende a possibilidade de serem elas submetidas a tratamento psicoterapeutico para evitar que tal anomalia possa determinar o comportamento criminoso a que estão fadadas, ao longo do seu crescimento e  amadurecimento.
Cabe bem, aqui, perquirir-se: O que propõem, então, essas cientistas, se deva fazer com os adultos que já padeçam dessa má formação? Também um tratamento, ou estigmatizá-los e direcioná-los a uma a segregação social. Se o adotado devesse ser um tratamento, impor-se-ia  questionar sobre essa profilaxia que importaria, por certo, na castração do livre arbítrio do ser humano e na condução do seu comportamento àquele que lhe fosse predeterminado.
E não estou falando de ficção cientifica futurista, não. Estou me referindo, sim, à progressão que pode ser dada a esse chamado “fato científico” se vier a persistir e for adotado pela política e pelo poder como meio de ceifar a criminalidade.    
Em verdade não posso crer que o mundo científico, em que pesem os seus métodos rigidamente materialistas, possa, nos dias atuais, dar crédito a um fato cientifico que remove, por   inteiro, o “livre arbítrio” como qualidade inerente ao ser humano.
Sem o livre arbítrio nada do que fizéssemos sobre a face da terra  poderia ter qualquer mérito ou demérito subjetivo, pois, seriamos, apenas, meras peças de um jogo manipulado pelo Divino
Interessante seria tratar dessa matéria sob o ângulo da criminologia, ao que não nos arvoramos, isso para avaliar a responsabilidade criminal de quem comete um crime impulsionado por uma má formação cerebral de origem genética. Com a palavra os criminalistas. Este espaço está aberto.

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